Desde a independência da Croácia que o croata é considerado uma língua e não um dialecto do serbo-croata, como acontecia no tempo da Jugoslávia. O mesmo veio a acontecer com o bósnio e o montenegrino.
No entanto, ambas as línguas são bastante perceptíveis entre si e, enquanto os croatas fazem por mostrarem que é uma língua diferente do sérvio indo buscar termos de origem alemã que haviam caído em desuso desde a criação da Jugoslávia em 1918 ou inventando mesmo designações novas para algo que no tempo da Jugoslávia designavam da mesma forma que os sérvios, os sérvios não hesitam em dizer que o croata e o sérvio se tratam da mesma língua pesem embora as diferenças dialectais (algo que existe dentro das próprias línguas sérvia e croata dando-se por vezes o caso de as particularidades de determinado dialecto de uma das línguas serem familiares aos falantes da outra língua).
Deu-se mesmo o caso de, estando eu numa padaria em Novi Sad, Sérvia, e depois de eu ter afirmado no balcão não falar sérvio mas falar um pouco de croata, o homem ter afirmado num inglês por melhorar serem a mesma língua, tendo pouco depois eu ter sido abordado pela esposa do mesmo senhor, enquanto estava a consumir o pedido sentado numa mesa, a dizer-me em sérvio algo que eu consegui perceber que se tratava de afirmar o que marido me havia já dito no balcão, tendo também afirmado que não faria mal nenhum se eu me dirigisse a eles em croata.
O curioso nesta minha volta pelas terras onde se falou o serbo-croata há não muito tempo é que o país onde até agora pratiquei mais a língua croata foi... a Bósnia-Herzegovina, não só por não haver tanta gente que possa falar em inglês mas também porque nestes lados as pessoas falam mais lentamente, o que me dá mais oportunidades para para perceber o que me é dito e assim desenvolver diálogo (infelizmente ainda não por muito tempo).
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