sábado, 8 de dezembro de 2012

Voltar a pisar em Buje

O trabalho no hostel em Belgrado já é passado. Nunca pensei em por lá ficar muito tempo (o trabalho em si era para ser temporário). Tinha já um outro projecto em mente para depois de trabalhar no hostel quando vim para este. O aeroporto a partir do qual partirei para esse novo projecto é o aeroporto de Bolonha. No caminho de Belgrado para Bolonha fica Buje. Pese embora se possa fazer o trajecto de camioneta directamente sem ter de mudar de camioneta em nenhum local pelo meio, decidi passar uns dias em Buje antes de ir depois a Trieste para apanhar o comboio para Bolonha.
Apanho a camioneta de Belgrado a Umag, que chega cerca de 2 horas e meia antes daquilo que estava escrito no horário da estação da Lasta (empresa de transportes) em Belgrado. Pelo caminho passo por mantos de neve com alturas de 2 metros entre Zagreb e Rijeka, na Croácia.
Depois de uma espera feita num bar da estação de chegada eis que chegam 2 dos 3 alunos de português que tinha sempre nas minhas aulas. Pergunto pelo terceiro, que se tinha prontificado a deixar-me dormir em sua casa pelas 3 noites, e fico a saber de uma má notícia na família dele que o impede de estar por Buje durante a minha permanência, mas é-me deixada a chave de casa para eu poder lá dormir.
Depois de arrumada a bagagem na casa dele, eis que partimos para o café (ou a cerveja). Depois da conversa habitual de quando se vê alguém depois de algum tempo, eis que na altura de pagar a conta ninguém me a deixa pagar.
Manhã seguinte é altura de visitar algumas pessoas conhecidas, umas reacções de surpresa e outras nem tanto (tinha avisado algumas pessoas da minha vinda a Buje), de me falarem do quanto mediocres são os novos voluntários do SVE (que não cheguei a conhecer e pelos visto nem eles próprios os conhecem), das 3 estágiárias na câmara municipal que não ficaram lá depois de terem trabalhado um ano à borla, ter um café à borla e ser convidado para um jantar também à borla mais à noite.
O terceiro dia foi o mais aborrecido de todos pois grande parte foi passado sem poder sair de casa devido a uma intensa chuva mas ainda deu para ter um café à borla, ir buscar algumas coisas que tinha deixado com o meu senhorio aquando do fim do meu projecto no SVE. A noite do terceiro dia, no entanto, foi preenchida com um jantar no qual no final ninguém me deixou pagar.
Sinceramente não esparava ser tão calorosamente recebido depois de 3 meses desde que se acabou o meu projecto em Buje. O momento da despedida foi mais difícil agora que aquando da minha partida no começo de Setembro.
Voltar um dia outra vez a visitar Buje? Não penso nisso para os próximos tempos mas também quando parti em Setembro não pensava em voltar a visitar Buje ao fim de apenas 3 meses.
 

A inflacção na Sérvia

A Sérvia é um país que tem uma inflacção anual de cerca de 10%. Eu pude constatar por mim mesmo essa realidade aquando da minha segunda passagem pela Sérvia em Agosto ao ver que o valor do euro em dinares sérvios tinha passado de cerca de 102 para 113 com o consecutivo aumento dos preços em dinares. Os dinares que tinha mantido da minha primeira passagem pela sérvia tinham perdido valor. Assim não é anormal que o euro em estabelecimentos turísticos sejam bem aceite como moeda de pagamento pois em caso de poupança garante uma maior estabilidade em relação ao valor da mesma ao fim de algum tempo. 

Sérvio e croata ou serbo-croata? VIII

Mais um termo diferente consoante a língua ser o sérvio e o croata é o termo para "estrada". Enquanto na língua sérvia esta infra-estrutura é chamada "put", na língua croata é chamada "cesta". Por consequência, as palavras para "auto-estrada" são consequentemente e respectivamente "autoput" e "autocesta". O termo para as portagens também é em consequência diferente: em croata é "cestarina" enquanto em sérvio é... "putarina".

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Sérvio e croata ou serbo-croata? VII

Uma outra palavra que é diferente entre a língua sérvia e a língua croata é palavra para "aeroporto". Enquanto na Sérvia esta infra-estrutura é chamada "aerodrom", na Croácia é chamada "zracna luka" (literalmente traduzido seria em português "porto aéreo").

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Coisas de se trabalhar num hostel II

Quando se trabalha num hostel é normal verem-se hóspedes a chegarem com apenas uma mochila ou com malas com alguma dimensão. Nunca visto por ninguém que trabalha neste hostel foi alguém chegar com 10 malas sendo que a mais leve de todas deveria pesar 10kg. A autora desta proeza foi uma russa pelos 50 anos que chega ao hostel e apenas fala em russo, reclama pelo facto de o quarto mais barato ser misto e não quer estar num quarto só para mulheres por apenas mais um euro, para além de estarem outros hóspedes a verem um canal de televisão e ela apenas chegar e mudar o mesmo sem perguntar nada.
Tinha uma reserva para 3 noites, ao fim da segunda noite foi mandada embora. 

Coisas de se trabalhar num hostel I

Uma das coisas que mais poderá marcar quem trabalha num hostel são alguns dos hóspedes que por cá passam. Alguns são já repetentes e sempre que passam por Belgrado dormem neste hostel. Estes "repetentes" podem ser pessoas completamente diferentes entre si mas geralmente pela seu gosto em estar neste hostel fazem também quem neste hostel trabalha gostar de cá estar.
Dois exemplos disso são um alemão que nos últimos tempos tem andado a passear por estes lados e entre um destino e outro costuma pernoitar em Belgrado (a rede rodoviária e ferroviária dos países da Ex-Jugoslávia está ainda muito centrada em Belgrado fruto também de uma ausência de investimento em novas infra-estruturas) e um polaco que costuma passar por cá para ver os derbies entre equipas de futebol sérvias.
Falando agora em proveitos materiais, muito se pode beber de borla com o polaco a pagar cervejas para toda a gente e a partilhar as suas garrafas de wodka (assim se escreve em polaco) e rakija.

Fast-food de peixe

Quando há uns anos atrás trabalhava num restaurante pertença de uma empresa que possui também em Portugal a franquia de algumas marcas bem conhecidas de fast-food disse uma vez que com tantos tipos diferentes de fast-food que existem actualmente só falta mesmo haver fast-food de peixe. As pessoas que me ouviram nesse momento disseram que não teria qualquer viabilidade pois as pessoas não estariam interessadas. O estranho disto tudo é que Portugal é o segundo país do mundo onde se come mais peixe.
A Sérvia está bem longe dessa posição no "ranking" mundial dos comedores de peixe mas não parece que isso tenha evitado a existência em Belgrado de uma loja de fast-food de peixe e que esta costume ter filas de clientes à espera de serem servidos.